São tão pequenas as coisas que guardamos,
Mergulhadas em lembranças que ficaram,
No beijo pretendido em quem amamos,
E esquecidas em sentimentos que choraram.

Choro silencioso não correspondido,
Sem lágrimas, tristeza do coração,
Que o amor insiste em procurar, perdido,
No tempo que fez dele doce ilusão.

Já tão distante, o trato com tanto zelo,
Quando mergulho em mim querendo vê-lo,
Como se toda lembrança que nos separa,

Fosse apenas o querer, o desejar,
Forças que a saudade de longe ampara,
Para não te esquecer e sempre te amar.